O livro "Pollyanna", escrito por Eleanor H. Porter, é um clássico da literatura infanto-juvenil, publicado em 1913. A primeira das diversas sequências da obra é "Pollyanna Moça", escrita em 1915.
Pollyanna Whittier, nossa protagonista, é uma jovem órfã que vai viver com a tia em Beldingsville no primeiro livro. Com a sua mágica maneira de ver e viver a vida, ela abre sorrisos e traz a felicidade para a pequena cidade onde vai morar.
Após ter transformado a vida de todos na cidadezinha, as virtudes e benevolência de Pollyanna, bem como sua capacidade de levar alegria por onde passa, fazem com que ela receba um convite para passar o verão com Mrs. Carrew, uma senhora viúva, que sofre pelo desaparecimento de seu querido sobrinho, Jamie. Mrs. Carrew é uma senhora amarga, que Pollyanna tem dificuldade de conquistar e a cidade grande onde ela mora é cheia de pessoas frias, que não sorriem e não se comprimentam ao passar uns pelos outros na rua, como nota Pollyanna. Isso faz com que a menina comece a se sentir muito mal por não conseguir fazer amigos. Até que ela conhece, em um parque da cidade, um garoto deficiente físico chamado Jamie, que se torna mais um de seus grandes amigos. Ele é muito pobre e tem condições de vida muito precárias, ao passo que Mrs. Carrew é extremamente rica, cheia de posses. Além disso, Jamie poderia ter a mesma idade do sobrinho desaparecido de Mrs. Carrew. É o suficiente para Pollyanna, que, apesar de não conseguir fazer Mrs. Carrew acreditar completamente que aquele seria seu verdadeiro Jamie, consegue fazer com que ela o ame como tal. Assim, Pollyanna consegue transformar mais vidas e fazer mais sorrisos.
Anos depois, com Pollyanna já crescida, o marido de sua tia falece e a família se vê em uma situação financeira bastante desgradável. No entanto, aos poucos essa situação vai sendo amenizada com a ajuda dos amigos feitos e os corações que a menina alegrou durante a vida.
O encanto de ambos os livros, no entanto, não está em sua história, nem nas características de seus personagens, mas na lição de otimismo e esperança que nossa protagonista transmite com seu "jogo do contente", a verdadeira mágica de Pollyanna. A seguir, um trecho do livro, onde a irmã de Mrs. Carrew explica a ela o que seria o jogo do contente de Pollyanna:
"[...] Parece que ela era órfã de mãe e filha de um pastor pobre do Oeste, criada pela Sociedade das Senhoras Auxiliadoras com doações de Missionários, vindas em barris. Quando era uma menininha, quis uma boneca, e tinha confiança que ela viesse no próximo barril de doações; acontece que nada veio, a não ser um par de muletas. Claro, ela começou a chorar, e foi então que o pai lhe ensinou um jogo para descobrir algo de bom em todas as coisas que aconteciam. Ele disse a ela que podia começar ficando muito contente por não precisar das muletas. Esse foi o início. Pollyanna disse que era um jogo adorável, que vinha jogando desde então; e que quanto mais difícil fosse encontrar um motivo para ficar alegre, mais divertido era, a não ser quando parecia impossível, como às vezes acontecia."
A filosofia de Pollyanna não é apenas absolutamente linda, como é também recomendável, afinal, por mais difícil que a vida e as situações que ela impõe possam parecer, nada deve acabar com nossa alegria de viver. Há quem diga que o jogo é coisa para bobos, enquanto isso, eu gostaria de ter a sabedoria e a nobreza de espírito suficientes para conseguir jogá-lo sempre. Devemos tentar, ao máximo, fazer de nossos momentos tristes apenas momentos e não transformá-los em amargura, ódio ou rancor, porque esses sentimentos são terrivelmente desastrosos não apenas para os que estão perto de nós, mas, principalmente, para nós mesmos. Adotar a filosofia de Pollyanna não é se contentar com o que se tem e parar de lutar, de planejar, mas sim não se deixar esmorecer permanentemente com as perdas e os obstáculos. A menina nos ensina a ir em frente e que a vida só vale a pena se tivermos com quem dividí-la, porque o amor e a amizade são nossos bens mais preciosos; sem eles não somos nada.
Crianças, jovens, adultos, idosos, todos merecem uma "dose" de Pollyanna. É por isso que os livros são recomendáveis para todas as idades e todas as histórias de vida. Infelizmente, nunca tive a oportunidade de ler o primeiro livro, mas verdadeiramente acredito que "Pollyanna" seja um romance capaz de superar todas as expectativas.
Video-curiosidades:
Não existe adaptação cinematográfica ou televisiva para o livro "Pollyanna Moça".
Em 1920, o cinema mudo trouxe, com a direção de Paul Powell, uma clássica adaptação do livro "Pollyanna" de Eleanor H. Porter.
Em 1960, foi lançado, na direção de David Swift, o filme "Pollyanna", com o qual tive contato e posso afirmar que parar para ver esse filme é um ganho de tempo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluireste livro ensina um lição de vida para qualquer pessoa...
ResponderExcluireu estou tentando aprender...
O livro Pollyanna é uma história de como o amor pode transformar a vida das pessoas, desde que estejam predispostas a aceitar um sorriso, um gesto amigo. O jogo do contente nos ensina a sermos felizes com o que temos.
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