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domingo, 30 de setembro de 2012

"Romeu e Julieta", William Shakespeare


A história que é, para alguns, a representação atemporal do amor perfeito, não exige introduções. Escrita entre 1591 e 1595, conquistou leitores, expectadores e amantes do mundo inteiro e de todas as épocas desde sua estréia. Como é o caso de suas outras obras aqui publicadas, "Hamlet" e "A Megera Domada",  Shakespeare inspirou-se em contos da tradição oral do período para imortalizar o romance de "Romeu e Julieta"(ou, originalmente, "Romeo and Juliet") através de uma tragédia teatral repleta de imaginação, doçura, dignidade e intensidade de sentimentos. Foi sob sua escrita que a história tornou-se um glorioso louvor daquele sentimento que somos incapazes de expressar com palavras e que enobrece a alma, deixando-a ainda mais sublime.
Romeu e Julieta é a primeira tragédia que Shakespeare escreveu que tem, do início ao fim, como sujeito principal, uma história de amor. O vívido espírito da juventude é percebido em cada linha, tanto na arrebatadora intoxicação da esperança, quanto na amargura do desespero. É um livro inteiramente feito de Shakespeare.
O conto se passa na belíssima cidade de Verona, na Itália, onde duas famílias inimigas, os Montecchios e os Capuletos, vivem em um estado de iminente guerra civil. Em meio a essa atmosfera hostil, dois seres feitos um para o outro, apaixonam-se perdidamente à primeira vista. Qualquer tipo de empecilho desaparece frente ao irresistível impulso de viver um para o outro. E é  sob circunstâncias extremamente contrárias à sua ligação que eles se unem através de um casamento secreto, confiantes na proteção de um poder invisível. Mas, devido a incidentes desagradáveis que se seguem sucessivamente, a heroica constância dos dois amantes é posta à prova até que, separados um do outro pela força do destino, eles se unem novamente na sepultura, através de uma morte voluntária, para se reencontrarem em um outro mundo.
A linha entre a tragédia e a comédia é tênue. Assim, Romeu e Julieta, apesar de ser uma das mais aclamadas tragédias, apresenta diversos aspectos e ingredientes das comédias de Shakespeare - a estupidez de seus pais, ou seja, a geração anterior; a atração instantânea entre os jovens; brigas de rua; bailes de máscara e criados cômicos. Mas essa mistura do estilo de "Hamlet" com "A Megera Domada" não prejudica "Romeu e Julieta". Na realidade, esses efeitos de gênero são uma estratégia do autor para aumentar a tensão e dar margem para ampliar o papel dos personagens secundários e a utilização de sub-enredos para embelezar a história.

Romeu e Julieta é a imagem do amor e seu lamentável destino em um mundo, cuja atmosfera é muito amarga para o que há de mais terno na vida humana. Mas esse amor torna-se ainda mais bonito, porque não lhe foi permitido ser corroído pelo tempo. É exatamente por causa dessa efemeridade que temos uma amostra do amor em seu mais belo e puro estado, o que o torna, de certa maneira, pouco realístico. Apesar de ultrapassar o teste da separação através da morte, é um amor que não foi posto à prova mais árdua: o cotidiano. Por isso, o livro pode também ser interpretado como a história de uma moça e um rapaz que mal se viram e pouco se conheceram para criar uma afeição racional e genuína um pelo outro. Além disso, eles não haviam experienciado das melhores e piores coisas da vida até então e, por isso mesmo, o êxtase e o desespero que eles sentem no decorrer de sua história podem ser igualmente lidos como fantásticos e infundados. Na realidade, Shakespeare fundamenta a paixão dos dois amantes não no que eles vivenciaram, e sim no que eles ainda não haviam vivenciado.
Na cultura popular, o nome Romeu praticamente tornou-se um sinônimo de 'amante'. O poder do amor de Romeu, no entanto, muitas vezes obscurece fortes marcas de seu caráter. A relação de Romeu com o amor não é tão simples. No início da obra, Romeu anseia por Rosaline, proclamando-a a personificação do amor e se desesperando com a indiferença dela. Essa paixão, porém, tem um aspecto bastante juvenil. Romeu é um amante das poesias de amor e sua paixão por Rosaline sugere uma tentativa de recriar os sentimentos sobre os quais ele lê. Assim que vê Julieta, porém, Rosaline sai de sua cabeça. Mas Julieta não é uma substituta qualquer. O amor que ela divide com Romeu é muito mais profundo, autêntico e único que o amor clichê e infantil que Romeu nutria por Rosaline. O amor de Romeu amadurece no decorrer da peça a partir do de seu desejo de experimentar uma paixão intensa e verdadeira. Mas, finalmente, é possível dar o mérito dessa evolução do rapaz à própria Julieta, que, com suas deduções e observações sagazes, acaba por abrir os olhos de Romeu, retirando de sua cabeça a ideia superficial do amor e inspirando-o a recitar uma das mais belas e intensas poesias amorosas jamais escritas.

"ROMEU — Só ri das cicatrizes quem ferida nunca sofreu no corpo. (Julieta aparece na janela.)Mas silêncio! Que luz se escoa agora da janela? Será Julieta o sol daquele oriente? Surge, formoso sol, e mata a lua cheia de inveja, que se mostra pálida e doente de tristeza, por ter visto que, como serva, és mais formosa que ela. Deixa, pois, de servi-la; ela é invejosa. Somente os tolos usam sua túnica de vestal, verde e doente; joga-a fora. Eis minha dama. Oh, sim! é o meu amor. Se ela soubesse disso! Ela fala; contudo, não diz nada. Que importa? Com o olhar está falando. Vou responder-lhe. Não; sou muito ousado; não se dirige a mim: duas estrelas do céu, as mais formosas, tendo tido qualquer ocupação, aos olhos dela pediram que brilhassem nas esferas, até que elas voltassem. Que se dera se ficassem lá no alto os olhos dela, e na sua cabeça os dois luzeiros? Suas faces nitentes deixariam corridas as estrelas, como o dia faz com a luz das candeias, e seus olhos tamanha luz no céu espalhariam, que os pássaros, despertos, cantariam. Vede como ela apoia o rosto à mão. Ah! se eu fosse uma luva dessa mão, para poder tocar naquela face!  
JULIETA — Ai de mim! 
 ROMEU — Oh, falou! Fala de novo, anjo brilhante, porque és tão glorioso para esta noite, sobre a minha fronte, como o emissário alado das alturas ser poderia para os olhos brancos e revirados dos mortais atônitos, que, para vê-lo, se reviram, quando montado passa nas ociosas nuvens e veleja no seio do ar sereno.  
JULIETA — Romeu, Romeu! Ah! por que és tu Romeu? Renega o pai, despoja-te do nome; ou então, se não quiseres, jura ao menos que amor me tens, porque uma Capuleto deixarei de ser logo. 
ROMEU (à parte) — Continuo ouvindo-a mais um pouco, ou lhe respondo?  
JULIETA — Meu inimigo é apenas o teu nome. Continuarias sendo o que és, se acaso Montecchio tu não fosses. Que é Montecchio? Não será mão, nem pé, nem braço ou rosto, nem parte alguma que pertença ao corpo. Sê outro nome. Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título. Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira. 
ROMEU — Sim, aceito tua palavra. Dá-me o nome apenas de amor, que ficarei rebatizado. De agora em diante não serei Romeu.     [...] 
JULIETA — No caso de seres visto, poderão matar-te. 
ROMEU — Ai! Em teus olhos há maior perigo do que em vinte punhais de teus parentes. Olha-me com doçura, e é quanto basta para deixar-me à prova do ódio deles. 
JULIETA — Por nada deste mundo desejara que fosses visto aqui. 
ROMEU — A capa tenho da noite para deles ocultar-me. Basta que me ames, e eles que me vejam! Prefiro ter cerceada logo a vida pelo ódio deles, a ter morte longa, faltando o teu amor.     [...] 
JULIETA — Sabe-lo bem: a máscara da noite me cobre agora o rosto; do contrário, um rubor virginal me pintaria, de pronto, as faces, pelo que me ouviste dizer neste momento. [...] Se amas, proclama-o com sinceridade; ou se pensas, acaso, que foi fácil minha conquista, vou tornar-me ríspida, franzir o sobrecenho e dizer "não", porque me faças novamente a corte. Se não, por nada, nada deste mundo. Belo Montecchio, é certo: estou perdida, louca de amor; daí poder pensares que meu procedimento é assaz leviano; mas podeis crer-me, cavalheiro, que hei de mais fiel mostrar-me do que quantas têm bastante astúcia para serem cautas. Poderia ter sido mais prudente, preciso confessá-lo, se não fosse teres ouvido sem que eu percebesse, minha veraz paixão. Assim, perdoa-me, não imputando à leviandade, nunca, meu abandono pronto, descoberto tão facilmente pela noite escura."

Além disso, essa enorme capacidade de Romeu para amar é uma mera parte de sua ainda maior capacidade de sentir intensas emoções de todos os tipos. De uma outra maneira, é possível descrever Romeu como alguém que carece de moderação. O amor o compele a invadir o jardim da filha de seu inimigo, arriscando-se a morrer somente para vislumbrá-la. O desespero dos rumores sobre a morte de Julieta o compele ao suicídio. Esse comportamento extremo domina o personagem durante a peça e contribui para a tragédia final que cai sobre os dois apaixonados. Se Romeu se tivesse restringido de matar Teobaldo ou esperado pelo menos um dia a mais antes de se matar após ouvir sobre a morte de sua amada, a história poderia ter um final feliz. Por outro lado, no entanto, se os sentimentos de Romeu não fossem tão intensos, o amor dele por Julieta poderia nunca ter existido.

Entre seus amigos, Romeu mostra verdadeiros traços sobre de sua personalidade. Espirituoso e apreciador de discussões, nosso protagonista apresenta qualidades como a lealdade e a corajem.

Com quase  14 anos, Julieta está no limite entre a maturidade e a imaturidade. À primeira impressão, no início da obra, ela se mostra uma criança obediente, mimada e inocente. Apesar de muitas mulheres – inclusive sua própria mãe – terem se casado na sua idade, Julieta nunca havia pensado sobre isso. Quando a sra. Capuleto menciona que Páris está interessado em casar-se com ela, Julieta obedientemente responde que ela vai tentar considerar se é capaz de amá-lo, uma reação que parece infantil em sua obediência e em sua concepção imatura do amor.

Julieta dá demonstrações de sua determinação, força e sagacidade em suas primeiras cenas, oferecendo assim, uma amostra da mulher que ela virá a se tornar no decorrer da obra. Mesmo sua promessa de tentar amar Páris, que é, aparentemente,  uma prova de obediência, pode ser lida como uma refusa à passividade e como uma representatividade de sua determinação. Julieta consente com os desejos de sua mãe, mas não sem antes tentar apaixonar-se primeiro.
O primeiro encontro de Julieta com Romeu a impulsiona a mostrar sua maturidade. Apesar de estar profundamente apaixonada por ele, Julieta é capaz de enxergar e criticar as decisões precipitadas de Romeu e a sua tendência de romantizar todas as coisas. Após o assassinato de Teobaldo por Romeu, Julieta não segue seu amante cegamente. Ela decide de maneira lógica e sincera, que a sua lealdade e amor por Romeu serão suas prioridades. Quando ela acorda na tumba para encontrar um Romeu morto, ela não se suicida devido a uma fraqueza feminina, mas sim por causa da intensidade do seu amor, da mesma maneira que fizera Romeu. O suicídio de Julieta, inclusive, necessita de mais força e coragem que o dele: enquanto ele bebe veneno, ela apunhala o próprio coração.

O desenvolvimento de Julieta de uma menina assustada para uma mulher segura, leal e corajosa é um dos primeiros triunfos de caracterização de Shakespeare. Julieta também é a marca de um dos mais confiantes, ativos e lapidados personagens femininos da literatura.
Diversas vezes no decorrer do livro, Romeu se refere a Julieta como uma luz, a luz do Sol, a luz das estrelas e, da mesma forma, Julieta compara o amor deles om a iluminação, não somente para enfatizar a rapidez com a qual o romance deles evolui, como também sugerir que, como a luz é um glorioso rompimento da escuridão do céu da noite, assim também é esse novo amor, que iluminou a escuridão do seu mundo, um mundo em que todas as suas ações são controladas pelos que a rodeiam.
Os amantes tentam ultrapassar os obstáculos estabelecidos pela vaidade dos mais velhos. Os pais, na obra, são apresentados como estúpidos que, por causa de orgulho e vaidade, não permitem a si mesmos, nem a seus filhos, desfrutar da paz e do amor.
Dentro de seu próprio contexto, a obra abrilhanta o início de uma literatura rebuscada, da poesia mais doce e minuciosa, que traz a mais esmera descrição do amor. Mas esse sentimento exacerbado entre Romeu e Julieta poderia ser desviado para um tom mais satírico quando implementado no contexto dos dias de hoje.

Existem diversos estudos psicanalíticos, feministas e mesmo teorias de homossexualidade na obra. Todas tentando revelar o que existe nas entrelinhas, não necessariamente percebidos em uma primeira leitura. Todas essas visões e análises aqui apresentadas não são mais que suposições, hipóteses presunçosas de compreender o que um dos maiores autores de todos os tempos buscou afirmar na sua precoce habilidade dramática e maturidade artística. Recomendo, portanto, não somente a leitura atenciosa, mas principalmente uma pesquisa mais apurada sobre as mil faces da obra para os interessados.

Curiosidades:
E, aos amantes dessa tão bela história de amor, uma curiosidade: até hoje, em Verona, jazem os túmulos de Romeu e Julieta, bem como a própria casa e sacada de nossa protagonista, com sua estátua em bronze ao centro, que o pai de Romeu mandara esculpir, como um presente para o pai de Julieta, após a morte dos recém-casados. Tive o prazer de, pessoalmente, ver essas relíquias do maior romance de todos os tempos. Segundo a tradição, as moças que passarem a mão no seio direito da estátua de Julieta encontrarão o amor verdadeiro.
Milhares de adaptações musicais, teatrais, cinematográficas, dentre outras, já foram realizadas em torno de "Romeu e Julieta". O belo livro "Inocência", do Visconde de Taunay, o qual, apesar de já ter lido, não tive a oportunidade de postar no blog, é inspirado na obra e considerado o "Romeu e Julieta sertanejo". Com tantas adaptações nas artes, restringirei as indicações de filmes, apresentando somente os que tive o prazer de apreciar:
Em primeiro lugar, e, para mim, o melhor da lista, o filme ítalo-britânico de 1968, dirigido por ninguém menos que Franco Zefirelli e protagonizado pela eterna Julieta, Olivia Hussey, e com Leonard Whiting como Romeu.
Em 1996, um "Romeu e Julieta" mais moderno foi estrelado por Leonardo Di Caprio e Claire Danes. Apesar de interessante, o filme não tem a mesma classe e beleza do primeiro.
Um grande clássico do cinema americano "West side story" (Amor, Sublime amor) que reflete sobre a richa existente entre imigrantes e nativos estadunidenses, é uma bela história de amor totalmente inspirada no clássico.
O filme "Inocência", adaptação do livro anteriormente comentado, é estrelado por Fernanda Torres e Edson Celulari e dirigido por Walter Lima Jr. Apesar de uma produção simples, é também muito interessante.
Finalmente, uma comédia romântica que, apesar de não ser inspirada na história de Romeu e Julieta, a tem como objeto central de atenção, é o filme "Cartas para Julieta", de 2010, dirigido por "Gary Winick" e protagonizado por "Amanda Seyfried".

8 comentários:

  1. Yanna, conheci hoje seu blog e fiquei admirada com a delicadeza e perspicácia de suas análises, parabéns!!!! Fogem ao lugar comum dos ensaios literários, e ainda nos levam a refletir sobre o texto que está além do mais visível nas obras clássicas!

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  2. Fico muito agradecida com seu comentário, Thelma. De fato, tento sempre ir mais fundo, encontrar o que há nas entrelinhas de cada obra e a felicidade de perceber que estou conseguindo transmitir essa busca, ainda que seja para apenas uma pessoa, me deixa sem palavras.

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  3. Yanna, se aprendi alguma coisa com blogs foi que as pessoas lêem e gostam, mas poucas vezes se sentem à vontade para comentar! Veja pelo número de visitas em sua página, rs, se cada um que lê comentasse, seria uma bela chuva de palavras! Mas concordo que é sempre gratificante quando alguém diz algo sobre nossos textos....é como se o diálogo (que sempre existe) se materializasse em nossas mãos! Um abraço!

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  4. Yanna, tenho que fazer uma redacao sobre o " Conflito familiar", Ato 3 cena 5 do livro, li o livro , assisti o filme mas te confesso que nao havia me interessado tanto quanto ao seu comentario, voce foi fundo e trouxe mensagens que para mim estavam enigmaticas.. Parabens e Obrigada. Se vc puder comentar sobre esse conflito eu ficaria muito agradecida. xx

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  5. Yanna, tenho que fazer uma redacao sobre o " Conflito familiar", Ato 3 cena 5 do livro, li o livro , assisti o filme mas te confesso que nao havia me interessado tanto quanto ao seu comentario, voce foi fundo e trouxe mensagens que para mim estavam enigmaticas.. Parabens e Obrigada. Se vc puder comentar sobre esse conflito eu ficaria muito agradecida. xx

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  6. Olá, Gláucia! Nessa passagem, percebemos uma grande mudança no comportamento de Julieta. Antes, sempre obediente e racional, deixa-se agora agir através dos seus sentimentos, enfrentando seus pais e indo contra a vontade deles, provavelmente pela primeira vez em sua vida. Então, presenciamos o conflito secular que surge a partir da velha máxima de que "os pais sempre sabem o que é melhor para seus filhos". De fato, o comportamento de recusa de Julieta é algo bastante comum atualmente. A evolução da sociedade, cada dia menos patriarcal, e a liberdade de expressão tem permitido aos filhos expressarem seus desejos sem que isso possa parecer um insulto aos pais. Em alguns casos, essa liberdade é tão exacerbada que os filhos, ainda pequenos, acabam exercendo um poder absurdo sobre os pais. No entanto, no contexto histórico em que o livro é colocado, o desafio às imposições de um pai é a maior das ofensas e é por isso que, em outras palavras, o sr. e a sra. Capuleto ameaçam "deserdar" a filha indigna que não sabe agradecer pela maravilhosa oportunidade que eles estão oferecendo a ela. Os pais de Julieta não conseguem enxergar o que realmente deixaria a filha feliz, mesmo porque ela não ter a liberdade de abrir seu coração, nem mesmo para a própria mãe. A falta de diálogo é sempre a principal fonte de ouvidos assim. Por isso mesmo, nesta cena, vemos quando Julieta, à parte, fala de seus desejos de ficar com Romeu e, para os pais, tenta encontrar outros argumentos para fugir do casamento indesejado. Não sei se meu comentário te ajuda. Não sou especialista em literatura, só uma amadora. Mas agradeço seu apreço pelo post. :D

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  7. Yanna, nao a conheco pessoalmente mas admiro como vc tem a capacidade de absorcao assim de um texto que pra mim e tao complexo. Eu estudo na Inglaterra e minha tutor eh uma adoradora de Shakespeare e agora quero pedir a voce a permissao de colocar seu pensamento em outras palavras no meu texto.Ainda vou acrescentar sobre a influencia do periodo elisabeteano na novela e tal.. Mas vc abriu um caminho pra que eu comece a desenrolar esse essay. Posso? Obrigada mais uma vez

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  8. Obrigada, Glaucia. Claro que pode, sem problemas! :D

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